Um novo experimento busca "fertilizar" os oceanos com sulfato de ferro para favorecer a proliferação de fitoplâncton – organismos microscópicos, como algas, que vivem próximo à superfície e servem de alimento para muitos animais. O objetivo é fazer com que esses seres capturem o gás carbônico (CO2) do fundo do mar e possam se tornar uma eventual maneira de combater o aquecimento global.
A pesquisa está descrita na revista "Nature" desta semana e foi feita durante cinco semanas na Antártica. O trabalho é considerado pelos autores uma das provas mais detalhadas da fertilização dos oceanos, prática proibida pela legislação internacional, mas liberada para fins científicos.
Fitoplânctons como estes captados por satélite da Nasa são capazes de armazenar gás carbônico e liberar oxigênio durante a fotossíntese, aponta estudo recente conduzido na Antártica (Foto: Nasa/GSFC/Modis) De acordo com o pesquisador Michael Steinke, da Universidade de Essex, no Reino Unido, o fitoplâncton faz fotossíntese assim como as plantas em terra firme, armazenando CO2 e liberando O2, o que ajudaria a manter a temperatura ambiente.
Segundo os estudiosos, a proliferação de algas unicelulares chamadas diatomáceas atingiu o pico um mês após o início da experiência. Posteriormente, houve uma significativa mortalidade dessa espécie, o que formou uma massa viscosa, incluindo material fecal do zooplâncton – como peixes, crustáceos e águas vivas, que rapidamente submergiu para o fundo do oceano.
http://g1.globo.com/natureza/noticia/2012/07/fertilizacao-de-oceano-com-ferro-faz-com-que-alga-capte-c02-diz-estudo.html
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